Outras Notícias

HIROSHIMA 1945 - 2011

A 6 de Agosto assinalam-se 66 anos de um dos maiores crimes que a história da humanidade conhece.
75 mil pessoas foram instantaneamente mortas devido ao rebentamento de uma primeiro bomba atómica. A cidade de Hiroshima foi arrasada; humanos, restantes animais e plantas ou foram mortos ou ficaram indelevelmente afectados.
A 9 do mesmo mês de 1945, idêntico crime foi praticado sobre outra cidade japonesa: Nagasaki.
Esses eventos funestos foram o culminar do holocausto da 2ª Grande Guerra Mundial.
E foi um acto completamente injustificável e mesmo desnecessário do ponto de vista militar: aquelas cidades não eram alvos militares, a Alemanha tinha-se rendido já, e o Japão, além de derrotado, já dera sinais de se vir a render.
Os EUA, ao utilizarem aquele armamento, quiseram afirmar o seu poder. Foi um aviso a quem pretendesse opor-se à sua hegemonia; uma chantagem e uma ameaça que perduraria sobre os povos.
A actual situação internacional caracteriza-se por guerras de agressão (Afeganistão, Iraque, Líbia) e por continuada manipulação e subversão do Direito Internacional. Algumas potências económicas e militares tornaram usual a hipocrisia, a ameaça, a mentira e o uso da força nas relações internacionais, para subjugar outras nações. Reflexo, também, da mais grave crise financeira e económica desde 1933.
A História não se repete, mas temos que reconhecer existirem preocupantes semelhanças com a situação económica e politica mundial do início dos anos 30.
A grave crise do capitalismo agrava o perigo de uma guerra, porventura geral, que em vista do armamento moderno existente, arrasaria o habitat e a espécie humana. O capitalismo tem encontrado nas guerras uma das saídas para as suas crises, foi assim em 1914, e de novo em 1939. Porém, uma guerra com os actuais armamentos poria em risco a existência da humanidade.

As bombas atómicas sobre Hiroshima e Nagasaki

Nos dias 6 e 9 de Agosto decorrem 67 anos sobre o lançamento, pelos Estados Unidos da América de duas bombas atómicas sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki.
 
Dirigidos exclusivamente sobre populações civis estes bombardeamentos revestiram-se de uma tal violência e crueldade que faz com que, ainda hoje, perdure no memória dos povos como uma das maiores barbáries cometidas na guerra mais violenta a que a Humanidade foi sujeita.
 
Para além das 250 000 mortes provocadas no imediato ou nos dias subsequentes, deixou sequelas graves, como a proliferação de doenças cancerígenas e malformações genéticas nas gerações vindouras, devidas a exposição à radiação e a substâncias radioactivas.
 
O horror provocado por esta tragédia contribuiu para despertar consciências e mobilizar vontades para que esta não se viesse a repetir.
 
O Apelo de Estocolmo, lançado em 18 de Março de 1950, pelo Conselho Mundial da Paz, para além de ter recolhido mais de 600 milhões de assinaturas, transformou-se numa campanha de massas desenvolvida pela Forças da Paz à escala mundial sem precedentes contra as armas nucleares que contribuiu decisivamente para a aprovação do Tratado de Não Proliferação Nuclear – TNP – em 1968, a que aderiram, até hoje, mais 189 Estados. E, em 1996 foi aprovado o Tratado Geral da Proibição dos Ensaios Nucleares, cuja entrada em vigor todavia depende ainda da sua ratificação pelo Congresso dos Estados Unidos, ainda pendente passados 16 anos.
 
Se é um facto que jamais bombas atómicas foram usadas em conflitos bélicos, a realidade é que a proliferação deste tipo de armamento não foi evitada. Além dos cinco Estados nucleares, legalmente reconhecidos pelo TNP - Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França - também a India, o Paquistão e Israel são actualmente Estados nucleares, de facto, fora do TNP. Dados de 2011 estimam em 20 530 o número total de ogivas nucleares existentes no mundo, a maioria delas incomensuravelmente mais potentes do que as que foram lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki.
 
O lançamento de duas bombas atómicas sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki em 1945, injustificado do ponto de vista militar uma vez que o Japão já tinha encetado o processo de capitulação face às Potências Aliadas na II Grande Guerra, a qual veio a ocorrer logo no dia seguinte ao massacre de Nagasaki, esse acto foi entendido como uma atemorizante manifestação de poderio militar por parte da potencia mundial então emergente - os Estados Unidos da América.
 
Como referem as conclusões da Assembleia Mundial da Paz realizada, recentemente no Nepal, a Humanidade está confrontada com uma escalada bélica sem precedentes desde a II Guerra Mundial.
Nos últimos anos assistimos à intervenção militar directa dos Estados Unidos e dos seus aliados na NATO em diversos países: Somália; Jugoslávia; Iraque; Afeganistão; Líbia e a uma intervenção, indirecta mas, não menos violenta, contra a Síria.
 
O Conselho Português para a Paz e Cooperação, ao recordar os 67 anos passados sobre os bombardeamentos de Hiroshima e Nagasaki, presta homenagem às vítimas inocentes desses ataques iníquos, saúda o movimento da Paz Japonês, e apela aos defensores da PAZ em Portugal para, inspirados no exemplo dos subscritores do Apelo de Estocolmo há 50 anos atrás, reforçarmos os nossos esforços pela construção de um Mundo Livre de Armas Nucleares e liberto das recorrentes agressões do imperialismo.
 
Viva a PAZ!

Delegação da Associação do Povo Chinês para a Paz e o Desarmamento na Casa da Paz

O CPPC recebeu na Casa da Paz uma delegação da Associação do Povo Chinês para a Paz e o Desarmamento (CPAPD), no passado dia 26 de Outubro, em Lisboa.
 
A delegação do CPAPD foi dirigida pelo Senhor Liu Jingqin, vice-presidente daquela organização.
 
Durante a reunião com a Direcção do CPPC, a delegação da CPAPD expressou que é desejo do povo chinês aliar o desenvolvimento económico e científico sustentáveis, com a melhoria das suas condições de vida, assim como com a continuação do desenvolvimento de relações com outros povos baseadas na cooperação e no respeito mútuo, com base na Carta das Nações Unidas e na Lei Internacional.

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75 Anos do massacre de Nanquim - CPPC na China

Ilda Figueiredo, presidente da Direcção Nacional do CPPC, participou entre 10 e 16 de Dezembro, a convite do Museu das vítimas do massacre de Nanquim, nas iniciativas em torno dos 75 anos do massacre de Nanquim, em que as tropas ocupantes japonesas assassinaram mais de 300 mil cidadãos chineses, na Cidade chinesa de Nanquim, em 1937.

Participaram nessas iniciativas cerca de 10 mil pessoas.

Ilda Figueiredo interveio também num Seminário Internacional sobre a paz, na mesma cidade, na qual participaram outras organizações do Conselho Mundial da Paz e representantes da Associação do Povo Chinês para a Paz e o Desarmamento.

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